Thursday, December 27, 2007

Auld Lang Syne

Should old acquaintance be forgot, and never brought to mind? Should old acquaintance be forgot, and auld lang syne?

CHORUS:
For auld lang syne, my dear,
for auld lang syne,
we'll take a cup o’ kindness yet,
for auld lang syne.

And surely you’ll buy your pint cup! And surely I’ll buy mine! And we'll take a cup o’ kindness yet, for auld lang syne.
CHORUS
We two have run about the slopes, and picked the daisies fine; But we’ve wandered many a weary foot, since auld lang syne.
CHORUS
We two have paddled in the stream, from morning sun till dine (dinner time); But seas between us broad have roaredsince auld lang syne.
CHORUS
And there’s a hand my trusty friend! And give us a hand o’ thine! And we’ll take a right good-will draught, for auld lang syne.
CHORUS


Richard Burns (scottish poet from the eighteen's century)
english translation

Auld Lang Syne (meaning days gone by)
this the song sung in new year's eve in english speaking countries, and it has the melody of "chegou a hora do adeus".

Its meaning, said in a sarcastic way, is my new year's message. I'll never forget you, my acquaitances, the ones that made my smile once, twice (doesn't matter how many times), the ones that had known my wills, my dislikes, my wishes, my ideas, the ones that are bound to me.
I know that you may be sure that you changed someone's life and really thank you for that.

also, a very important thing in this song, dealing with your emotions envolves alcohol most of the times...
Richard Burns had the record consumption of whisky!

Friday, December 7, 2007

Filmes que mudaram estranhamente a minha vida

A minha selecção cinematográfica foi temática:
Por me tornar mais crítica perante o Mundo que me rodeia, perante as grandes questões da globalização e justiça social.
A história de Che, não sei se é esta, os retratos desta personagem histórica divergem da personagem do filme, em muitos momentos. Ficou-me esta viagem que ele concretizou, o que ele viu em todos os países da América do Sul e a poética relação de amizade com o seu companheiro de viagem. (foi também aqui que descobri o Gael...)

Um filme alemão que vi por acaso, fala-nos de três jovens revoltados com as injustiças sociais, que desenvolvem uma estranha forma de luta. Não agridem, não matam, não roubam. Desarrumam (!) e deixam um cartaz que diz "fat days are over", instaurando instabilidade psicológica nos ricos, que habitualmente se sentem intocáveis. Um filme que aborda ainda uma interessante questão: a incoerência das pessoas que fizeram o Maio de 68 se tornarem magnatas.

Por me fazer acreditar na magia subjacente.
Na américa, um filme feito de pessoas reais, em que a sensibilidade de duas crianças, perante um mundo, é transbordante. A inocência, a espontaneidade, os medos destas e um final inesperado para a personagem-mistério deste filme são os pontos fortes. O filme tem ainda um promenor delicioso, representa a história familiar, real, do realizador.

Por registarem a intimidade de personagens sensíveis, românticas, que dão valor às pequenas coisas.
Big Fish é um filme que traduz em a narrativa autobiográfica de um contador de histórias, que adiciona elementos fictícios e mágicos à sua própria vida. É o confronto com a verdade (que o filho céptico propicia) que me fez chegar a conclusões que mudaram a minha vida: acreditar na realidade que uma pessoa nos diz viver e partilhá-la é o maior gesto de amor.

Amélie. Pela beleza da fotografia do filme, pela música de Yann Tiersen, pelo actores, seria, desde logo, um bom filme. Os pequenos detalhes criteriosamente cuidados: o álbum de photomatons em que uma cara enigmática se repete, o pintor dos ossos de vidro e a sua casa almofadada, os habitués do café e a tímida história de amor ligam-me a este filme emocionalmente.

Por me fazer rir sempre, até mesmo quando já sei as falas de cor.
Shrek (o 1º)

Saturday, November 17, 2007

windows are open

Posted by Picasa

Confesso que sempre achei melodramática a tão portuguesa conversa acerca da palavra única em Portugal - Saudade.

Primeiro, porque acho que é uma falsa questão. Se falarmos de "broa" a um estrangeiro, mesmo explicando que é um pão de milho, é inevitável a cara de supresa quando se depara com tão estranho produto. Broa é uma palavra única na medida em que exprime uma realidade que mais nenhuma palavra exprime.

Depois, porque não estou segura de que não existam palavras equivalentes. Aliás, Milan Kundera, num romance chamado A Ignorância, aproxima a palavra saudade das nostalgias de diferentes línguas (nostalgia, do grego, é a dor de quem não pode regressar). Inclui homesickness, heimweb e uma curiosa palavra catalã enyorar (do latim ignorare). Esta última unificará todos estes sentimentos nostálgicos, como o sofrimento de quem ignora, segundo Kundera.

E diz também Miguel Falabela "Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia."

Estas pessoas que pensam (mal ou bem) sobre palavras, acreditam nisto. Eu sempre tive a sensação que, no fundo, não sabia muito bem. Quanto ao que se passa cá dentro eu diria que, quando tenho saudades: sinto falta das emoções que estar uma pessoa (como ela era no momento que memorizei) me trazia ou das sensações que algo material que já não existe me transmitia.
Representa isto para todos os outros portugueses, aqueles cujos olhos brilham e as vozes se excitam quando falam de saudade? Penso que não.
No entanto, no outro dia apeteceu ter uma resposta para esta questão da saudade.
Quando deitávamos para o lixo uma maçã podre do flatmate hipersocial (fantasma para os amigos), a Conchi (flatmate espanhola) comentou: Achó que nã vaii ter saudadex da maçã. Depois de muito me rir tentei explicar que não se pode ter saudades de uma maçã específica.
Ela perguntou: Porquê?

Saturday, November 10, 2007

"We trully know a culture when we can make them laugh."

Tarde de sol

Mariajoao, Coimbra, Out 2007

Thursday, November 1, 2007

wristcutters (a love story)

(the characters are stuck in a world without stars, smiles, flowers, where all the people (including the two) there had offed themselves)

Boy - "Do you know when I told I didn't miss things from the other life?"
Girl - "Yeah"
Boy - "When I am here with you, it kind of makes me miss me the way I used to be"
Girl - "What were you like before?"
Boy - "I was Happy."
(love here is not the thing that makes you happy, but the thing that makes you miss the happy you, makes sense, doesn't it?)


Wednesday, October 31, 2007

Nos últimos tempos, tenho vindo a conversar com pessoas mais velhas - os doentes nos HUC, os familiares, os conhecidos.
É inacreditável aquilo a que um ponto de interrogação nos dá acesso.

As histórias de infância do meu pai, em que me conta o mundo "em que os deveres se faziam a candeia de azeite", em que ia para a escola em bragança quase como clandestino em carrinhas alugadas e usadas durante a noite, em que as injecções do meu avô custavam 1000 contos de rei cada e renda da casa do meu pai 600. A doçura que lhe sai no desabafo da tristeza que sentiu por se ver sozinho aos 11 anos, na cidade pela primeira vez, sem saber como comprar o material escolar, para o qual não tinha dinheiro.

As doenças que surgem no trabalho, o nascimento dos filhos, os acidentes de percurso de uma vida, em que a determinada altura não se sentiu "um pé durante 24h e o outro durante 48h", em que o bebé não tinha leite para mamar, em que se conclui "a vida prepara-vos dores sérias, preparem-se".

As rotinas, essas descritas com detalhe rigoroso, de quem sabe a importância das pequenas coisas. As horas a que se vai dormir, o chá de ervas que acompanha esta hora, a roupa que se deixa de lavar a esta hora porque cansaço da idade pesa, o Cerelac que se dissolve criteriosamente (sem um gromo!). O ritmo das refeições, a recente falta de apetite, o capricho.
O programa de rádio àquela hora, a caminhada pela horta, a comida para os animais. Os dias de festa, a roupa de domingo (sem xailes, que senão pareço uma velha).

Friday, July 20, 2007



Andrew Largeman: You know that point in your life when you realize that the house that you grew up in isn't really your home anymore? All of the sudden even though you have some place where you can put your stuff that idea of home is gone.

Sam: I still feel at home in my house.

Andrew Largeman: You'll see when you move out it just sort of happens one day one day and it's just gone. And you can never get it back. It's like you get homesick for a place that doesn't exist. I mean it's like this rite of passage, you know. You won't have this feeling again until you create a new idea of home for yourself, you know, for you kids, for the family you start, it's like a cycle or something. I miss the idea of it. Maybe that's all family really is. A group of people who miss the same imaginary place.

Thursday, July 19, 2007

Extremely loud and incredibly close

When I was your age, my grandfather bought me a ruby bracelet. It was too big for me and would slide up and down my arm. It was almost a necklace. He later told me that he had asked the jeweler to make it that way. its size was supposed to be a symbol of his love.
More rubbies, more love. But I could not wear it comfortably. I could not wear it at all.
So here is the point of everything I've been trying to say. If I were to give a bracelet to you, now, I would measure your wrist twice.
Jonathan Safran Foer

Wednesday, July 11, 2007

Apetece-me roubar todas as palavras que não consigo escrever para explicar aquilo que estou a viver.
Todas as palavras me parecem diminutas perante a própria vida.


Como esperar que nas próximas 5 linhas possa descrever alguém? a cumplicidade de uma amizade não se regista em palavras. o amor não se resume a ridículas cartas. a dor não cabe em três letras.
No meio de tudo isto apenas damos pistas e esperamos que a vivência da outra pessoa ajude a descodificar o que acabamos de dizer.
Ela disse-me: ele tinha olhar mais culpado que eu já vi. Eu li: a imagem de todos os olhares culpados que já vi e escolhi um. Seguramente é completamente diferente do original.
A verdade reside dentro de cada um de nós, resta-nos a verosimilhança para representar o que sucedeu nesse passado distorcido pela nossa memória.


Ainda assim desejo pôr em caracteres aquilo que tenho guardado cá dentro.
Ter este desejo e não acreditar no poder das palavras é uma incoerência e eu sei, mas o desejo é irracional.
Quero aproximar o meu mar de sentimentos, emoções, sonhos, crenças implícitas da minha consciência racional. Segundo as filosofias as orientais esta racionalização é um exercício inútil, não representa um engrandecimento da autoconsciência.

Mas já o austríaco Wittgenstein diz, por sua vez, "o significado define-se pelo uso".
E eu, eu quero continuar a procurar aquilo que sou.
Não interessa se me encontro, interessa-me que me procuro.

Thursday, June 21, 2007

no aeroporto

Todos preocupados com a hora de embarque. A vida que deixaram em casa.A vida que os espera longe de casa. Estão concentradas as pessoas das férias, das visitas aos filhos que estão longe, que têm um negócio, as que emigram e as que migram.
E depois estão as pessoas que como eu abandonaram uma vida. Que não era uma vida perfeita, sim de facto uma boa vida, mas preenchida com tudo que tem uma vida: a dor, a amizade, o ciúme, a alegria, a melancolia, o stress (raro, mas não inexistente).
Assim, agora deixamos tudo para trás.
De repente, o quarto vazio: as paredes brancas, a secretária sem papéis, as pessoas que não vão estar lá amanhã, que se calhar nunca mais vou ver, a mensagem para o café ou para a festa que não vou receber, as palavras novas que vão deixar de surgir enquanto temos conversas banais, as tuas palavras doces que não vou ouvir.
E perder tudo isto dói… Claro que esta não é a dor corrosiva de não o ter vivido, é uma dor feliz, que se permite a lágrimas fáceis.

Por isso não consigo parar de chorar.
Tenho uma imensa saudade de tudo o que tive até há um dia atrás. Porque é para nunca mais.
Dói este nunca mais, é sobretudo ele que dói.

Tuesday, June 19, 2007

goodbye

"And Gabriel stands beneath forest and moon.
See them rattle & boo, see them shake, see them loom.
See him fashion a cap from a page of Camus;
see him navigate deftly this side of the blue.

And the rest of our lives will the moments accrue
when the shape of their goneness will flare up anew.
hen we do what we have to do (re - loo - re -loo),
which is all you can do on this side of the blue. "

Joanna Newson, this side of the blue

Monday, June 11, 2007

Camus e Rufus Wainwright

O homem que não chora no enterro da mãe:
É claro que gostava da minha mãe, mas isso nada queria dizer. Todos os seres saudáveis tinham, em certa ocasiões, desejado, mais ou menos, a morte das pessoas que amavam.
(...)
a minha natureza era feita de tal modo que as minhas necessidades físicas pertubavam frequentemente os meus sentimentos. No dia do enterro, estava muito cansado e com muito sono, de forma que não dei lá muito bem pelo que se passou.
O Estrangeiro, Albert Camus

Cigarettes and chocolate milk, these are just a couple of my cravings
(...)
Still there's not a show on my back, holes, or a friendly intervention
I'm just a little bit heiress, a little bit Irish,
A little bit Tower of Pisa whenever I see ya
So please be kind if I'm a mess
Cigarettes and chocolate milk, cigarettes and chocolate milk
Rufus Wainwright

don't tell anyone that i ate 100g of milka white chocolate with lemon flavour!

Thursday, May 31, 2007

On this day, in spite of a 500 pages book to read, i decided not to do it and just go to the lake near my house.
On this day, we rent a boat for one hour and stayed for 2h30 min because we wanted to know how big the lake is. We sang songs, took pictures, learnt how to raw. Then, i said to Denis, that i like to swim in lakes. So, he said, "jump!". "You have to do the things that like whenever you can, you should never delay them".
That's what i did, without depilation or swimming suit, i jump in T-shirt and swam together with Denis. I felt afraid, but i noticed no frightening in him, so i asked:
- Are you afraid of anything?
- No - he replied.
- Anything at all?
- Well... i am afraid of solitude...
- But you don't have a cell phone!
- Why would i want that? Most people i know, if they don't receive a message or a phonecall for 5 minutes, they think no one loves them.
- It 's true. One day without messages seems a tragedy! - i concluded.



On this day, i thought, "i love to be alive".
Acknowlegment

B. thanks for
teaching me to like tea,
to be more spontaneous,
to shop grosseries with themes,
to call the people you like in spite lack of intimacy,
to be positive with people,
to avoid to select people when you just met them.

for tracy chapman, kings of convinience, joanna newson.
for enjoying the calm sadness like me.

Sunday, May 27, 2007

e depois tu...e tu...e tu...sempre tu.
tu agarrado àquilo que faço. ficheiro anexo de todos os meus pensamentos.
a impossibilidade que és para mim é uma possibilidade de te amar agora.

E agora temos aqueles pequenos tesouros de quem vive o hoje, como nós.
o doce comunismo de partilhar pedaços de fruta e o trabalho com a louça.
o vinho branco tomado sem jantar que me faz cantar-te, beijar-te, tocar-te no meio da rua.
"they can't that away from me" e o nosso soft core a soar pela noite fora.
os filmes sombrios em que ambos penetramos, num "nada do que é humano me é alheio".
as frases que me lês do livro que agora te acompanha. "I waited all my life for happiness to begin, didn't realize that moment was happiness."
o teu corpo adormecido sobre as minhas costas.
fare due passi conte enquanto divagas sobre o mundo, a política
e ainda juras que matas o silvio se voltar à presidencia
ouvir muita música, muita Nina Simone, muito lambchop
e depois sentires a mão quente para a tua guitarra
os teus olhos que me fixam, que mostram a tristeza escondida dentro, que sorriem, que procuram nos meus o que se passa cá dentro.
o teu amor pelo meu nariz e pelo meus pés.
o teu português desengonçado que diz:"gooostoo deee mim", queixas da "pança" (que na realidade não existe), e orgulho do trabalho de ginásio...
as nossas regras: se escolhemos um lado tem que ser a esquerda por principio!, a semana com dias intercalados para cada um ser ditador, os domingos democráticos, os sitios onde não nos podemos encontrar...
viajar, viajar por aquilo que somos, por onde vamos, para onde vamos.